Quando se fala em gestão financeira para arquitetos, muito se discute sobre fluxo de caixa, pró-labore e controle de impostos. Mas existe um detalhe que silenciosamente compromete os lucros de muitos escritórios: os custos invisíveis que não entram na precificação dos projetos.
E é justamente nesse ponto que muitos profissionais trabalham bastante, mas lucram pouco.
A precificação invisível: o que não se deve esquecer de por na ponta do lápis
Na hora de calcular o valor de um projeto, o arquiteto geralmente considera:
- tempo estimado de execução;
- custos diretos de equipe e materiais;
- margem de lucro desejada.
O problema é que, nesse modelo, vários gastos do dia a dia ficam de fora da conta. O resultado? Projetos que parecem rentáveis no papel, mas que deixam pouco ou nenhum ganho real no final do mês.
Custos que você provavelmente está esquecendo de cobrar
- Reuniões extras: horas de briefing e alinhamentos adicionais que nunca foram previstas no contrato.
- Revisões além do limite: alterações de escopo que viram rotina e não receita.
- Visitas técnicas e deslocamentos: gasolina, pedágio, estacionamento e o tempo de trajeto raramente são cobrados.
- Licenças e softwares: AutoCAD, Revit, SketchUp e outras ferramentas têm custo — e precisam ser rateadas entre os projetos.
- Horas de espera: equipe parada aguardando feedback do cliente.
- Suporte pós-entrega: dúvidas e pequenos ajustes que se estendem muito além da entrega final.
Esses elementos, quando ignorados, corroem silenciosamente a margem de lucro.
Como incluir esses custos na sua precificação
1. Estabeleça cláusulas claras de revisão
Defina no contrato o número de revisões incluídas. Alterações extras devem ter valor adicional, evitando desgaste e prejuízo.
2. Precifique deslocamentos e visitas
Transporte, estacionamento e horas de visita devem ser previstos. Alguns escritórios já trabalham com pacotes de acompanhamento pagos à parte.
3. Rateie ferramentas e assinaturas
Cada projeto deve absorver uma parcela do custo das licenças de software utilizadas pela equipe.
4. Valorize o tempo de gestão
Reuniões, follow-ups e alinhamentos são parte do projeto — e devem estar embutidos no preço.
5. Transparência com o cliente
Ao mostrar esses itens de forma clara, você fortalece a percepção de valor do cliente e justifica o preço de maneira profissional.
O impacto direto na rentabilidade
Essa prática não apenas garante margens mais saudáveis, mas também transmite ao cliente profissionalismo e confiança. Afinal, quando todos os custos estão bem definidos, a relação se torna mais transparente e equilibrada.
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Se você é arquiteto e sente que está trabalhando muito, mas lucrando pouco, talvez o problema não esteja no seu fluxo de trabalho, e sim na forma como precifica seus projetos.
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